O presidente da CPMI do 8 de Janeiro, deputado federal Arthur Maia (União Brasil-BA), vai oficiar o ministro da Justiça, Flávio Dino, para obter informações sobre as imagens do Palácio da Justiça. Há mais de um mês, o colegiado aprovou que as gravações das câmeras de segurança do prédio do Ministério — referentes ao dia 8 de janeiro — fossem enviadas à CPMI. Contudo, até o momento, chegaram apenas as imagens externas do local, que estavam em duas câmeras.

Mas as imagens das câmeras laterais, da parte de trás e de dentro dos prédios foram apagadas, segundo o portal R7 e a emissora CNN Brasil. A pasta teria dito à Polícia Federal que as gravações ficam armazenadas por até 15 dias no sistema do circuito interno de câmeras e depois são descartadas, para liberar espaço.

A pedido da oposição, Maia vai cobrar explicações de Dino. Inicialmente, os parlamentares da oposição teriam cobrado medidas mais drásticas por parte da CPMI, mas Maia optou por apenas oficiá-lo.

Diferentemente do MJ, os outros órgãos na Esplanada dos Ministérios, como o Ministério das Relações Exteriores, preservaram as imagens por considerar a eventual necessidade das gravações na apuração das responsabilidades.

Além das gravações do Palácio da Justiça, as quebras de sigilo do general Gonçalves Dias, ex-ministro do GSI, também não foram entregues.

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