O hacker Walter Delgatti Neto disse, nesta quinta-feira (17), à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro que o Jair Bolsonaro (PL) teria dito que obteve um grampo do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente negou as acusações disse que vai apresentar uma queixa-crime contra o hacker Walter Delgatti Neto, por calúnia e difamação.

– Tem fantasia aí. Eu só encontrei com ele uma vez no café da manhã [na Alvorada], não falei com ele no telefone, em momento algum. Como ele pode ter certeza de um grampo? Nós desconhecemos isso disse Bolsonaro.

O hacker explicou que Bolsonaro não pediu que ele grampeasse Moraes, mas que assumisse a autoria do crime que já teria sido cometido.

– A informação que eu tenho é que ele já estava grampeado. Já existia o grampo – disse Delgatti.

– Segundo ele [Bolsonaro], naquela data, havia um grampo concluído – prosseguiu.

Delgatti também disse que o ex-presidente lhe ofereceu um indulto para que violasse medidas cautelares da Justiça e invadisse o sistema das urnas eletrônicas para expor supostas vulnerabilidades.

O advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Fábio Wajngarten, afirmou nas redes sociais que jamais houve grampo ou qualquer outra atividade ilegal entorno do ex-político.

Segundo Delgatti, a conversa com Bolsonaro aconteceu no Palácio da Alvorada e contou com a participação da deputada Carla Zambelli (PL-SP), do ex-ajudante de ordens Mauro Cid e do coronel Marcelo Câmara.

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