Durante a CPI do MST, o líder do movimento João Pedro Stédile, fez ameaças a parte do agronegócio, dizendo que eles estão com os dias contados, e acusou de “financiar” os atos de depredação que aconteceram em Brasília, em 8 de janeiro deste ano.

“O agronegócio está divido”, disse Stédile nesta terça-feira, 15. “Uma parte já está migrando para a agricultura regenerativa, que tenta substituir os agrotóxicos e os pesticidas. Essa parcela do agro ainda vai para o céu, pois entenderam que podem ganhar dinheiro com outras práticas. Agora aquele agronegócio burro, a turma do Aprosoja e a turma que financiou o 8 de janeiro, e que só pensa em lucro fácil, está com os dias contados.”

À CPI, o líder do MST também acusou o Banco Central de ser um dos inimigos do governo do presidente Lula e admitiu que não declara Imposto de Renda (IR) desde 2008. Segundo Stédile, suas finanças são declaradas no IR de sua mulher.

Stélide chegou ao colegiado por volta das 14 horas e foi escoltado por militantes do MST e deputados governistas. Entre os militantes, estavam mães de santo, padres e pastores.

Durante a oitiva, o líder do MST foi defendido pela ala petista e atacado pela oposição. O deputado Delegado Éder Mauro (PL-MT), por exemplo, chamou Stédile de “vagabund*”.

Já o deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP) confrontou Stédile em relação à marca registrada do MST — que está no site de vendas do movimento. Em resposta, o líder dos sem terra disse que não tinha conhecimento do registro da marca do MST.

O portal de vendas on-line do movimento, chamado de Armazém do Campo, vende diversos itens com a logomarca do MST, como bonés (R$ 30) e camisetas de algodão (R$ 69,80)

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