A Polícia Militar (PM) de São Paulo atualizou os números da Operação Escudo. A ação foi deflagrada na Baixada Santista na última semana, em decorrência do assassinato do soldado Patrick Bastos Reis, das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota).
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), a PM prendeu mais 18 pessoas na quinta-feira 3, sétimo dia de atividade da Escudo. A operação ocorre no Guarujá, onde Reis foi assassinado durante serviço de patrulhamento, e em outros municípios da Baixada Santista.
Conforme a SSP-SP, dos 18 presos na quinta, sete eram considerados foragidos da Justiça brasileira. Com as novas prisões, subiu para 128 o número de suspeitos detidos em decorrência da Escudo — sendo 102 presos a partir de ações da PM e outros 26 foram abordados pela Polícia Civil paulista.
Ao decorrer da quinta-feira, a Operação Escudo também apreendeu mais 37 quilos de entorpecentes, incluindo “20 quilos de pasta-base de cocaína, que estava enterrada em uma ocupação irregular no Guarujá”. Com isso, o total de droga apreendida pelas autoridades desde o início da ação chegou a quase meia tonelada, 476 quilos.
Além disso, a Operação Escudo foi responsável por, em sete dias, vistoriar 2.566 automóveis e 1.421 motocicletas. Do total, 175 carros e 138 motos foram recolhidos pelas autoridades.
Secretário avisa: operação da PM na Baixada Santista não tem prazo para acabar
Na noite de quinta-feira, o titular da SSP-SP, Guilherme Derrite, afirmou, em entrevista ao programa Oeste Sem Filtro, que a operação da PM contra o crime organizado na Baixada Santista “não tem prazo para acabar”.
Durante a entrevista, Derrite ressaltou que confrontos com policiais só ocorrem quando os suspeitos não se entregam. “O confronto é sempre uma opção do criminoso”, disse o secretário de Segurança Pública.
“Criminosos estavam acostumados a atirar em policiais e a não enfrentar consequências”, afirmou Derrite ao Oeste Sem Filtro. “Agora, a história mudou.”
Fonte: Revista Oeste