O Deputado Estadual Marcos Sobreira (PDT), afirmou em um evento que participou no início dessa semana que uma aliança com o PT para uma candidatura majoritária a prefeitura de Fortaleza está descartada, somente se a executiva nacional dos dois partidos atuarem para isso.

“Fortaleza é uma pauta à parte, como o senador falou, a gente pouco acredita, se não tiver uma interferência nacional. Dependendo do sentimento das executivas municipais dos dois partidos, do PT e do PDT, é impossível ter acordo. Até agora a gente não teve nas últimas três eleições”, afirmou o deputado.

E completou: “Então, só há qualquer possibilidade (de aliança) se vier uma decisão da nacional da presidente Gleisi (Hoffmann) do PT e do presidente (Carlos) Lupi do PDT. Caso não aconteça isso, imagino que devem caminhar em lados opostos”.

A fala, feita em evento nesta segunda-feira, 10, descarta, a preço de hoje, os rumores que o PT integraria uma chapa com o PDT, em torno do deputado Evandro Leitão (PDT), em substituição a Sarto. A tese marcaria uma aproximação entre as legendas, mas tem enfrentado resistência do diretório municipal que defende Sarto à reeleição, enquanto o PT quer ter uma candidatura própria, com cabeça de chapa filiado à sigla.

Sobreira negou que tenha sido discutido, nos termos do acordo que colocou Cid na presidência, que haveria mudanças para os deputados que vêm atuando na oposição, em direção contrária aos dez deputados – três suplentes em exercício -, que desejam que o partido seja base do governador Elmano de Freitas (PT). “Isso não foi tratado. Eu imagino que eles possam ter a liberdade permanecer com o sentimento deles, não foi tratar desse assunto”, ressaltou.

Agora com Cid na presidência do diretório estadual, o deputado explica que o foco será fazer um mapeamento do número de prefeitos pedetistas no Ceará, em suas contas na casa dos 58, oito a menos que na eleição. Deve ser mirado também os municípios em que a legenda faz oposição e tem a possibilidade de acabar vencendo o pleito. Ele destaca que, com exceção em Fortaleza, uma com o PT é cogitado, além de outras legendas, dependendo da dinâmica da região.

“O primeiro passo é dialogar com todos os partidos em todos os municípios para que a gente possa fazer composição. Cada município tem uma realidade diferente, nós aqui temos uma divergência com o PT em Fortaleza, mas em muitos municípios, na grande maioria, somos parceiros, então primeiro ali é conversar com os partidos”, avaliou. Mesmo com a mudança recente no comando estadual do PDT, ele afirma que, na próxima semana, Cid já deve anunciar a chegada de novos prefeitos.

No acordo, é previsto que Cid apoie a reeleição do deputado André Figueiredo na presidência estadual da legenda, mas projeta-se que Cid costurará a manutenção de sua vice-presidência, com o “partido arrumado”.

“O André tem um compromisso do Cid da reeleição, na chapa única, o André sendo reeleito, o Cid possa continuar ao lado dele gerindo o partido, já que ele é vice-presidente. E a gente consiga recuperar e o PDT vá para as urnas no próximo ano como a maior partido do Ceará”, disse.

COMENTAR