O presidente Lula decidiu demitir, na noite desta quinta-feira, 6, a ministra do Turismo, Daniela do Waguinho. O ato ocorre horas depois de o ministro da Secom, Paulo Pimenta, afirmar que Daniela ficaria no posto.

Segundo o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, a ministra compreendeu as motivações que levaram à sua exoneração. O deputado federal Celso Sabino (União Brasil-PA) será o novo comandante da pasta.

Conforme apurado por fontes em Brasília o que motivou a mudança “repentina” por parte do governo foi uma nota oficial do diretório do União Brasil. O documento pedia o adiamento da votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária, devido à “complexidade do tema”.

O real motivo, porém, foi a permanência de Daniela no ministério. Cerca de 40 deputados votariam contra a PEC, caso Daniela ainda estivesse no cargo no momento da apreciação — que começa a qualquer momento.

A informação é que o clima estava “pegando fogo”, minutos antes da divulgação da nota. Ao todo, a bancada do União Brasil tem 59 deputados. Desse modo, a maioria estaria contra a votação da reforma nesta noite.

No mesmo momento, Lula se reunia com Padilha no Planalto e “destravava” o empecilho para aprovar a reforma tributária.

“O presidente agradeceu a ministra pelo excelente trabalho feito pela recuperação do Turismo no Brasil e pela disposição dela de permanecer contribuindo com o governo no Congresso, com o protagonismo de ser a deputada federal mais votada do Rio de Janeiro”, informa a nota enviada por Padilha.

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