Mais um capitulo da crise envolvendo o PDT, o Líder da bancada do PDT na Assembleia Legislativa do Ceará, o deputado estadual Guilherme Landim (PDT) informou que o senador Cid Gomes (PDT), durante reunião da executiva nacional do PDT, nessa segunda-feira, 26, se dispôs a não concorrer à reeleição ao Senado Federal em benefício do irmão mais velho, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), de quem está apartado, pelo menos, desde o final da campanha eleitoral de 2022.
“Ele se dispôs a isso e disse que está disposto, dentro do partido, a fazer todos os gestos, de demonstrar que não há por parte dele nenhum tipo de ganância, nenhum tipo de vontade de passar por cima de ninguém. (…) Ele não tem apego nenhum ao cargo”, disse Landim após ser questionado por O POVO em coletiva de imprensa.
Após a reunião da executiva, nessa segunda-feira, em Brasília, o presidente estadual e nacional em exercício do PDT, André Figueiredo, afirmou que a instância nacional trouxe para si as competências do diretório estadual.
Cid contestou. Disse que a ideia de que há em vigor uma intervenção é desrespeitosa à realidade dos fatos. Assim, afirmou estar mantida a convocação que havia feito de reunião do diretório estadual para o dia 7. O encontro visa antecipar a definição sobre novo comandante do diretório estadual. Cid teria em torno de 53 votos dos 84. Figueiredo afirmou nesta terça-feira, 4, que quem for à reunião poderá sofrer consequências.
O objetivo do gesto de Cid em prol de Ciro seria a pacificação entre eles e as respectivas alas que lideram. Cid defende a manutenção da aliança entre PT e PDT, além de sua condução à presidência da legenda trabalhista, numa eleição que seria antecipada.
A aliança entre um partido em que Cid está (existiram outros; o PDT é o sexto) e o PT se iniciou em 1996, com a eleição dele a prefeito de Sobral, com Edilson Aragão (PT) de vice. Cid entende que o PDT deve estar oficialmente na base do governador Elmano de Freitas (PT).
A ala de Ciro, por sua vez, é contemplada com a permanência do deputado André Figueiredo no comando estadual da legenda. Estes dois, além do ex-prefeito Roberto Cláudio, defendem o PDT como oposição a Elmano. De uma bancada de 13 deputados estaduais em exercício, três defendem esta tese: Antonio Henrique, Claudio Pinho e Queiroz Filho.