Quase uma semana depois da rebelião contra Moscou, o Grupo Wagner, que ajuda a Rússia desde o começo da guerra na Ucrânia e contribuiu com a conquista de territórios, não deverá mais atuar na linha de frente do conflito que se encaminha para o segundo ano, informou a agência de notícias russa TASS.
Segundo eles, os mercenários se recusaram a assinar um contrato com o Ministério da Defesa da Rússia. A decisão teria sido anunciada pelo presidente do Comitê de Defesa da Duma Estatal, Andrey Kartapolo, que pontuou que todos os grupos e unidades que executam tarefas de combate deveriam assinar o contrato. O atrito entre o Grupo Wagner e o Ministério da Defesa russo não é de hoje, tanto que, segundo o líder paramilitar Yevgeny Prigozhin, a razão para o motim realizado entre os dias 23 e 25 de junho teria sido evitar o fim do grupo.
No dia 10 de junho, o ministro da Defesa, Sergey Shoigu, havia assinado uma ordem em que estabelecia o procedimento para organizar as atividades de rotina dos grupos voluntários, ou seja, ele queria ter controle sobre os paramilitares, algo que não foi nada bem visto e aceito pelos mercenários. A validade da ordem tinha como data o próximo sábado, 1º de julho.
De acordo com a agência russa, citando Kartapolo, a decisão de retirar o Grupo Wagner da guerra seria porque Prigozhin não teria concordado em assinar o documento. Por essa razão, o grupo não irá mais participar da operação militar especial – forma pela qual a Rússia se refere à Guerra na Ucrânia – “em outras palavras, não haverá mais financiamento ou suprimentos”, disse o presidente do comitê, acrescentando que todos os mercenários estavam obedecendo à ordem, com exceção de Prigozhin.