O presidente da Rússia, Vladimir Putin, determinou a prisão de um dos generais mais importantes do país, Serguei Surovikin. O Kremlin pretende interrogá-lo para saber seu possível envolvimento na rebelião comandada pelo Grupo Wagner.

O canal militar russo Rybar, com forte atuação no Telegram, confirmou a informação nesta quarta-feira, 28. O jornal The Moscou Times divulgou a mesma informação posteriormente.

Também nesta quarta-feira, o jornal norte-americano The New York Times informou que Surovikin estava sob investigação. Ele não é visto publicamente desde domingo 25.

O Rybar comunicou que o general está detido desde domingo. De lá para cá, segue numa prisão militar. O governo da Rússia não confirmou a participação do general na rebelião liderada por Yevgeny Prigozhin, do Grupo Wagner.

Surovikin é o general de mais alto escalão próximo de Prigozhin. O Grupo Wagner se opõe aos soldados alinhados com o ministro da Defesa, Serguei Shoigu.

As versões que podem ligar o general de alto escalão da Rússia com o líder do Grupo Wagner

O Kremlin não havia conseguido identificar nenhum indício de envolvimento de militares das Forças Armadas da Rússia no motim do Grupo Wagner.

Desde domingo 25, a imprensa ocidental especula os motivos pelos quais os milicianos liderados por Prigozhin tiveram tamanha facilidade em tomar a cidade de Rostov. A participação de Surovikin pode ter relação com essa façanha.

Um fato que afastaria o possível vínculo de Surovikin e Prigozhin é que o general também é comandante das Forças Aeroespaciais da Rússia. Isso significa que seus soldados morreram lutando contra o Grupo Wagner.

Surovikin ganhou o apelido de “general Armagedom” na operação militar russa na Síria. De outubro de 2022 a janeiro de 2023, comandou as Forças Armadas na invasão da Ucrânia. Ele acabou substituído pelo general Valeri Gerasimov, também prestigiado pelo Kremlin.

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