A notícia que vem circulando no começo dessa semana, e o fechamento de 3 fábricas do Grupo de calçados Paquetá, instaladas nos munícipios de  Uruburetama, Itapajé e Pentecoste e emprega mais de 2 mil pessoas no estado, o rumor cresceu devido ao atraso de pagamentos de funcionários da fabrica que deveriam ter recebido no dia 05 deste mês.

Outro detalhe que chama a atenção é que há cerca de um ano, os funcionários vêm sendo mandados para casa em função de redução na capacidade produtiva, mas recebiam os salários integrais e em dia mesmo sem trabalhar. Em abril, no entanto, a empresa pagou os colaboradores de forma parcelada, fato inédito na história da companhia que está instalada no Ceará há quase 30 anos.

Além do pagamento parcelado dos rendimentos, na última sexta-feira (5), os colaboradores foram comunicados, por meio de nota, que os proventos referentes a abril irão atrasar em 15 dias. Os valores deveriam ter sido depositados na conta dos funcionários até o quinto dia útil deste mês.

A Paquetá Calçados exporta 30% da produção para a Argentina. Dentre os produtos fabricados, 80% são da marca Adidas. No entanto, as operações de varejo da Paquetá, fabricante de calçados gaúcha, estão em vias de serem adquiridas pela Oscar Calçados, paulista também atuante no setor, em meio ao processo de recuperação judicial da empresa, agravado recentemente.

Esse não seria o primeiro fechamento de indústria nesse ano, a fábrica da Guararapes em Fortaleza, em janeiro, chocou a população cearense e gerou forte repercussão negativa para o Governo do Ceará. A decisão, no entanto, não foi isolada. Nos últimos 5 anos, o Ceará registrou o fechamento de mais de 40 mil empresas do setor industrial.

 

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