O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, fez uso político das mortes de crianças em escolas e creches enquanto conversava com jornalistas, no momento em que deixava o evento dos 100 primeiros dias de governo Lula, nesta segunda-feira (10), no Palácio do Planalto.

Enquanto comparava o governo anterior ao atual, Dino, repentinamente, estabeleceu uma conexão direta entre os atos radicais em Brasília, no dia 8 de janeiro, que foram ocasionados por motivações políticas, com os ataques contra crianças inocentes em instituições de ensino.

– A questão hoje remanescente é a responsabilização das pessoas que engendraram esse planejamento golpista durante meses e os ecos, as reverberações da violência que permanecem. Por exemplo, estamos agora às voltas com essas ameaças relativas a escolas. Nós temos uma ligação entre uma coisa e outra – disse o ministro em um esforço enorme para unir fatos com motivações de naturezas absolutamente distintas.

– Tem influência da ideia de violência extremista a qualquer preço, a qualquer custo. O ethos, o paradigma de organização do mundo que golpistas políticos e agressores de crianças, assassinos de crianças têm é o mesmo. É a mesma matriz de pensamento, a matriz da violência – alegou.

E finalizou seguindo a prática adotada por Lula em quase todos os seus discursos, construindo a qualquer custo uma retórica em prol da perene campanha política e da polarização.

– Então, nós temos uma luta cotidiana, porque nesse aspecto o nível de destruição foi muito grande. E a resposta que nos cabe é a resposta da responsabilização. É dar punição para essas pessoas que violam a lei e, claro, dar prevenção, como nós estamos fazendo cotidianamente – concluiu.

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