As contas do Governo Central registraram um déficit primário sem precedentes em fevereiro, conforme divulgação realizada nesta quinta-feira (30) pelo Tesouro Nacional. No mês passado, a diferença entre as receitas e as despesas ficou negativa em R$ 40,989 bilhões. O resultado sucedeu o superávit de R$ 78,326 bilhões em janeiro.

O saldo – que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – foi o pior desempenho para o mês na série histórica, iniciada em 1997. Em fevereiro de 2022, o resultado havia sido negativo em R$ 20,367 bilhões.

Em fevereiro, as receitas tiveram queda real de 12,1% em relação a igual mês do ano passado. No acumulado do ano, houve baixa de 3,3%. Já as despesas caíram 0,9% em fevereiro, já descontada a inflação. No acumulado de 2023, a variação foi positiva em 2,4%

Em 12 meses até janeiro, o Governo Central apresenta um superávit de R$ 35,9 bilhões. A meta fiscal para 2023 estabelecida na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) autorizava um déficit de até R$ 65,8 bilhões nas contas do Governo Central.

No entanto, após a aprovação da PEC da Transição, a Lei Orçamentária Anual (LOA) deste ano contemplou um rombo muito maior, de até R$ 228,1 bilhões (2,1% do PIB). A equipe econômica lançou um pacote fiscal em janeiro para tentar atenuar esse resultado negativo e agora espera fechar o ano com um rombo de R$ 107,6 bilhões.

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