O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, entregou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) uma proposta para a aquisição de obuseiros da empresa israelense Elbit Systems. A decisão sobre a aquisição foi adiada em maio de 2024, durante a intensificação dos conflitos em Gaza. “Com todo respeito, as pessoas que estão contra são por motivos políticos, ideológicos. Eu estou defendendo o Exército e que a gente tenha oportunidade de dotar o Exército Brasileiro de equipamentos mais modernos”, disse o ministro.
O ministro sugeriu a compra de duas unidades de um total de 36 viaturas blindadas de obuseiro 155 mm –um veículo militar com arma de longo alcance e precisão. A estratégia de Múcio propõe que as unidades iniciais funcionem como teste para avaliar a qualidade e eficácia dos equipamentos. Por fim, se aprovados, o Brasil prosseguiria com a compra dos 34 restantes. As informações são da Folha de S.Paulo.
Nesse sentido, a proposta visa superar as resistências internas ao governo e entre aliados. Especialmente em relação às operações militares de Israel na Faixa de Gaza. Celso Amorim, assessor de Lula para assuntos internacionais, e integrantes do PT expressaram preocupações, argumentando contra a compra de equipamentos de Israel, país criticado por Lula devido às ações militares contra a Palestina.
O TCU (Tribunal de Contas da União) analisará na 4ª feira (18.set) se a participação de empresas de países em conflito em licitações brasileiras pode influenciar a decisão final. O esperado é que a corte confirme que não existem restrições nesta situação. Assim, podendo diminuir a resistência de membros do governo.
O contrato tem a participação de 2 empresas brasileiras, a Ares Aeroespacial e a AEL Sistema, e a promessa de gerar 400 empregos diretos.
O Exército Brasileiro justificou que a compra do equipamento visa modernizar o arsenal. E destacou que os obuseiros atuais datam da 2ª Guerra Mundial. A licitação, iniciada em 2017, teve a Elbit Systems como vencedora, selecionada por critérios técnicos e de menor preço.
Fonte: Poder 360 e Folha de São Paulo