Com três votos a favor, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) já tem maioria para manter presos os três suspeitos de serem mandantes do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes. Os ministros Cristiano Zanin e Cármen Lúcia referendaram a decisão de Alexandre de Moraes, relator no Supremo do caso que investiga os assassinatos da vereadora carioca e do motorista, ocorridos em março de 2018.

O caso é analisado, em julgamento virtual, pela Primeira Turma do STF até as 23h59 de hoje. Zanin e Cármen Lúcia apresentaram seus votos concordando com a decisão de Moraes logo no início da madrugada.

Ainda faltam os votos dos ministros Luiz Fux e Flávio Dino. Eles devem dizer se concordam ou não com a decisão de Moraes.

No domingo (24), por ordem de Moraes, foram presos preventivamente: o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ), o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão, e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Os irmãos Brazão são suspeitos de mandar matar Marielle, em um crime que também tirou a vida de Anderson. Já Rivaldo é suspeito de obstrução de justiça e de atrapalhar as investigações. De acordo com as investigações, a motivação do crime foi política.

Os três estão presos na penitenciária federal de Brasília.

Em seu voto, com 37 páginas, Moraes disse que as investigações deixaram patente a necessidade de “imediata decretação da prisão”. “Em face da garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e para assegurar a aplicação da lei penal”, escreveu o ministro.

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