O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, nessa sexta-feira (6), para recusar o pedido de Jair Bolsonaro contra o Ministro Alexandre de Moraes. Até o momento, votaram o presidente do STF, Luis Roberto Barroso, seguido por Edson Fachin, Flávio Dino, Gilmar Mendes, Cristiano Zanin e Dias Toffoli. Ainda faltam deliberar Carmen Lucia, Nunes Marques, André Mendonça e Luiz Fux. Moraes está impedido de votar nesse caso.
O impedimento do ministro foi requerido pela defesa de Jair Bolsonaro (PT). Ele agora recorre da decisão liminar do presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, que no início do ano negou pedido do ex-presidente para o afastamento do magistrado ao justificar que não viu elementos concretos de parcialidade
Para o advogado Paulo Amador da Cunha Bueno, no entanto, Moraes tem “um claro e evidente interesse pessoal no desfecho do processo” por ter se declarado como vítima de um plano de assassinato e enforcamento em praça pública no final daquele ano.
“É evidente que um julgador que se considera vítima jamais julgaria seus supostos algozes com a seriedade, isenção, ponderação e imparcialidade que se exigem de um magistrado para exercer a jurisdição”, afirmava o pedido.
Até a publicação desta reportagem, seis ministros já haviam votado para manter o colega na relatoria do inquérito: o relator e presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, seguido por Edson Fachin, Flávio Dino, Gilmar Mendes, Cristiano Zanin e Dias Toffoli. O próprio Moraes se declarou impedido de votar nesse julgamento que ocorre em plenário virtual até as 23h59 de 13 de dezembro.