Controlado pelo regime chavista, o “STF” da Venezuela confirmou a inabilitação política de María Corina Machado, líder da oposição ao ditador Nicolás Maduro. Na sexta-feira 26, o tribunal negou um recurso de María Corina contra o entendimento da Controladoria de Justiça, segundo o qual a ex-deputada não poderia concorrer à disputa presidencial, por supostas “irregularidades administrativas”, entre 2011 e 2014.
“O regime decidiu acabar com o Acordo de Barbados”, reagiu ela. “O que não está acabando é a nossa luta pela conquista da democracia através de eleições livres e justas. Maduro e o seu sistema criminoso escolheram o pior caminho para eles: eleições fraudulentas.”
Em junho do ano passado, o órgão determinou 15 anos de inelegibilidade para a ex-parlamentar e outros oposicionistas, entre eles, Henrique Capriles. De todos os candidatos contrários a Maduro, María Corina é a que lidera as intenções de voto.
Inelegibilidade de María Corina
A inabilitação da líder da oposição está oficialmente ligada a “irregularidades administrativas” quando ela era deputada, entre 2011 e 2014.
Uma das principais articuladoras das manifestações contra Maduro, há dez anos, ela teve seu mandato cassado no mês seguinte pela Assembleia Nacional da Venezuela, comandada na época pelo chavista Diosdado Cabello, número dois do regime.
Depois, em 2015, foi inabilitada politicamente e proibida de deixar o país. Em princípio, a inabilitação era válida por um ano, porém, foi ampliada.
Em outubro do ano passado, a líder venceu as primárias e se tornou a candidata da oposição contra a ditadura.