Servidores municipais de Fortaleza rejeitaram, em assembleia realizada na manhã desta sexta-feira, 14, a proposta de reajuste geral de 4,83%, feita pela Prefeitura de Fortaleza esta semana. Foi aprovado ainda uma paralisação de um dia, a ser realizada na próxima quinta-feira, 20, caso não haja uma nova proposta por parte da gestão Evandro Leitão (PT).
Para Quintino Neto, presidente do SindSaude, os servidores sentem-se desrespeitados com a proposta. “O objetivo é abrir um novo processo de negociação com o governo, de maneira que seja apresentada uma proposta que venha, minimamente, a garantir o poder de compra do servidor. Não pode a inflação do período do ano passado ser parcelada, sem retroatividade. Isso é inaceitável”, afirmou.
Cerca de 300 servidores estiveram reunidos em frente ao Paço Municipal, sede da Prefeitura de Fortaleza, no Centro. Segundo Augusto Monteiro, secretário geral do Sindifort, a grande presença de público no evento é um reflexo da indignação da classe com a proposta apresentada pela Prefeitura.
Representantes de dezenas de sindicatos discursaram para o público, cobrando do prefeito Evandro Leitão a valorização da categoria, que ele prometeu em discursos recentes. Estiveram presentes servidores da saúde (médicos, enfermeiros, odontólogos, técnicos e auxiliares), da limpeza urbana, gestão pública, aposentados, da Guarda Municipal, do IJF, auditores fiscais, agentes comunitários, psicólogos, assistentes sociais, oficiais de Justiça, servidores das regionais, do Judiciário e de vários órgãos públicos, como a Agefis, dentre outros.
Durante os discursos, muito se falou da possibilidade de greve geral, caso a situação não mude. “Ou Evandro reconhece a importância dos servidores ou teremos a primeira grande greve de sua gestão”, bradou um participante.
Sem nova data
Eriston Ferreira, presidente do SindFort, afirmou que, na última rodada de negociação, na semana passada, os servidores sinalizaram para uma nova reunião, após a assembleia desta sexta, já que previam que a categoria não aceitaria a proposta. “A secretária da Sepog e o secretário de Finanças sinalizaram que estariam conversando com o prefeito e que existia, sim, a possibilidade de ter uma nova rodada (de negociação). Contudo, não podemos esperar, por isso essa assembleia, primeiro para avaliar a proposta e esperamos que o prefeito possa, de fato, marcar uma reunião e apresentar uma proposta realmente que represente, de maneira mais concreta, a valorização e esse reajuste, porque isso apresentado na verdade representa perda salarial”, afirmou.
Fonte: O Povo