Os professores da rede estadual de ensino do Ceará aprovaram, na manhã desta terça-feira, 26, indicativo de greve em uma Assembleia Geral realizada no Ginásio Aécio de Borba, em Fortaleza. Demandas dos docentes incluem reivindicações sobre remuneração e carreira. Com o lema “Se a negociação não avançar, a educação vai parar”, os professores aprovaram estado de greve no dia 15 de março e elaboraram um calendário de mobilizações, incluindo a realização da Assembleia Geral desta terça-feira.
De acordo com Anízio Melo, presidente do Sindicato Apeoc, o indicativo de greve foi aprovado por unanimidade e busca chamar atenção do Governo do Estado.
“Indicativo de greve aprovado em nossa Assembleia Geral. Aprovamos com unanimidade e estamos chamando o governo do Elmano de Freitas para acordar. Levante e resolva as questões da educação. Até o dia 4 ainda tem uma posição a ser colocada para a categoria. Até lá, indicativo de greve”, anunciou.
Segundo o cronograma, na próxima quinta-feira, 4, será realizada uma paralisação estadual com assembleia para avaliar negociação e votar o início da greve, que deverá ter início no dia 8 de abril com um ato no Palácio da Abolição.
As demandas dos professores incluem seleções públicas para professor temporário, um novo concurso público, pagamento de promoções devidas, ganho real acima da inflação e equiparação do salário dos professores temporários com o dos professores efetivos em início de carreira.
Na última terça-feira, 19, o governador Elmano de Freitas anunciou o reajuste retroativo de 3,62% no piso salarial dos professores. O presidente do Sindicato Apeoc apontou que a medida anunciada não foi discutida com a categoria e, mesmo com o reajuste, a mobilização dos professores continuará.