Os brasileiros que, neste final de ano, tentarem comprar a picanha prometida pelo presidente Lula (PT) em 2022 não encontrarão vida fácil. É o que aponta uma estimativa da LCA Consultores, que aponta que o preço da carne deve subir ao menos 8% no último trimestre de 2024, a maior alta no período desde 2020, quando o país ainda vivia sob a pandemia de Covid-19.

Já o estrategista de inflação da corretora Warren Rena, Andrea Angelo, espera que os preços da carne bovina subam 8% este ano, índice que representa o dobro do que ela projetava há apenas alguns meses. Além disso, a proteína ainda deve ficar 14% mais cara em 2025.

O preço do gado, que é um parâmetro importante para o valor da carne bovina, subiu 33% nos últimos dois meses, maior alta para o período desde o início da série histórica, que começou em 1997. A alta acontece em meio a um período de seca severa que tem prejudicado as pastagens e, com isso, restringido o fornecimento de animais para os frigoríficos.

De acordo com Luciana Rabelo, economista do Itaú, o preço do boi deve exercer uma forte pressão sobre a inflação tanto neste ano quanto em 2025, já que ele carrega junto o aumento de todas as proteínas e até mesmo o preço do leite. Para 2025, a estimativa de Rabelo para a alta da carne é de 15%.

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