Depois que a Petrobras anunciou que não faria o repasse dos dividendos extraordinários a seus acionistas, as ações da estatal despencaram. Consequentemente, o mercado temeu uma intervenção do governo Luiz Inácio Lula da Silva na companhia. Diante da repercussão do episódio, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, usou o Twitter/X, na noite desta quarta-feira, 13, para dizer que não considera o ocorrido uma intervenção.
Segundo ele, houve um ‘exercício soberano’ dos controladores da empresa — no caso, o Estado, comandado por Lula. Prates admitiu que a decisão de reter os dividendos extraordinários veio do presidente petista e dos seus ministros. Mesmo assim, ele disse que “falar em ‘intervenção na Petrobrás’ é querer criar dissidências, especulação e desinformação”.
“É preciso, de uma vez por todas, compreender que a Petrobras é uma corporação de capital misto, controlada pelo Estado Brasileiro, e que este controle é exercido legitimamente pela maioria do seu Conselho de Administração”, explicou o chefe da estatal. “Isso não pode ser apontado como intervenção! É o exercício soberano dos representantes do controle da empresa”, completou.
Para Prates, é legítimo que o Conselho de Administração se posicione orientado pelo presidente da República e pelos seus auxiliares diretos, que são os ministros. “Foi exatamente isso o que ocorreu em relação à decisão sobre os dividendos extraordinários”, afirmou.