A folha de São Paulo trouxe a informação, que a Policia Federal não divulgou operação que ocorreu no dia 14 de Março, que investigava a ligação do atentado de Adélio Bispo contra o na época candidato Bolsonaro, e que cumpriu seis mandados de busca e apreensão em escritórios e casas de ex-advogados do autor do crime.

Essa operação envolvendo os advogados de Adélio foi incluída na Operação Habeas Pater, deflagrada para investigar suposta venda de sentenças de um desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) para beneficiar traficantes juntamente ao filho advogado.

Os seis mandados da operação escondida pela PF de Lula foram cumpridos por policiais da Diretoria de Inteligência em Belo Horizonte e Juiz de Fora. As ordens foram expedidas pelo juiz Bruno Savino, da 3ª Vara Criminal de Juiz de Fora, ainda em 11 de novembro, mas a operação foi deflagrada apenas em março.

“É razoável inferir que o pagamento fracionado de R$ 315 mil tenha constituído auxílio prestado pela referida facção para o custeio dos honorários dos advogados do autor do atentado, lançando mão dos recursos movimentados pelo citado Setor das Ajudas do PCC”, escreveu o juiz Bruno Savino, na decisão que autorizou as buscas, conforme publicou a Folha.

Esse inquérito sobre o elo entre o PCC e a defesa de Adélio é conduzido pelo delegado Martin Bottaro, considerado um dos principais especialistas na facção criminosa.

Até agora, com informações dos celulares dos advogados e o material apreendido nas buscas de 14 de março, a PF confirmou, o pagamento fracionado de R$ 350 mil pelo Setor de Ajudas do PCC ao escritório que defendeu Adélio; que os advogados de Adélio criaram um grupo em um aplicativo de mensagens (WeChat) chamado “Adélio-PCC”, onde os defensores definiam estratégias jurídicas. Uma ligação do advogado com um suposto integrante da facção também faz parte da investigação.

Zanone e seus sócios deixaram a defesa no final de 2019 e afirmam sustentam ter recebido R$ 5 mil de um patrocinador de quem nunca revelaram o nome. Assim como Zanone, Magalhães também afirma que não têm qualquer relação com o PCC.

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