O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, acaba de anunciar que não renovará o memorando de entendimento, chamado de Rota da Seda, assinado com o Partido Comunista Chinês em novembro de 2017. O acordo deveria ser renovado neste ano. Mulino fez o anúncio logo depois de se encontrar com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, que exigiu “mudanças imediatas” diante da “influência e controle do Partido Comunista Chinês” sobre o Canal do Panamá, revelou o jornal panamenho La Prensa.
Esse acordo deu ampla influência para o regime chinês sobre o Canal do Panamá, que foi construído e operado pelos EUA por mais de 80 anos.
“O presidente (Donald) Trump chegou à conclusão preliminar de que a atual posição de influência e controle do Partido Comunista Chinês sobre o Canal do Panamá é uma ameaça ao Canal e é uma violação do Tratado sobre a Neutralidade Permanente e Operação do Canal do Panamá”, disse o Departamento de Estado em um comunicado.
Por isso, Rubio transmitiu às autoridades panamenhas que “esse ‘status quo’ é inaceitável e que, na ausência de mudanças imediatas, os Estados Unidos teriam que tomar as medidas necessárias para proteger seus direitos sob o Tratado”.
A visita de Rubio ao Panamá ocorre após mais de um mês de tensões diplomáticas depois que Trump declarou em dezembro sua intenção de recuperar o controle do Canal do PANAMÁ.
O Canal foi construído pelos EUA entre 1904 e 1914, sendo gerido pelos americanos até o final da década de 1990. Dali em diante, o governo americano cedeu a administração do Canal para o Panamá sob várias condições.