O general Mauro Lourena Cid não pode mais visitar o filho, o tenente-coronel Mauro Cid, na prisão. Eles estão proibidos de manter contato, porque ambos passaram a ser investigados por supostamente atuarem na venda e recompra de joias dadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por autoridades estrangeiras.
A decisão que impede as visitas é do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do inquérito. É comum que investigados sejam obrigados por ordem judicial a cortar contato entre si, como aconteceu neste caso.
Mauro Cid foi preso preventivamente em outra investigação, sobre a suposta falsificação de dados de vacinação da Covid-19, por isso não havia impedimento para as visitas do pai. O cenário mudou quando o general foi implicado no novo inquérito, sobre a suposta negociação ilegal de presentes diplomáticos.
Em junho, Moraes restringiu as visitas a Mauro Cid e determinou que apenas a defesa, os filhos e a esposa dele podem visitá-lo na cadeia sem precisar de autorização. Já para o caso de qualquer outro visitante do militar, o ministro determinou que terá de ser feito um pedido de autorização ao STF, que avaliará se acata ou não o requerimento.
A Polícia Federal acusa o tenente-coronel de negociar joias e relógios nos Estados Unidos com a ajuda do pai. A corporação alega que contas do general teriam sido usadas para repassar o dinheiro que entrou com a venda dos presentes.