A Justiça de São Paulo decretou a falência da Editora Três, responsável por publicações de grande circulação, como as revistas IstoÉ e IstoÉ Dinheiro, após o descumprimento do plano de recuperação judicial. A editora acumula uma dívida ativa de R$ 828 milhões, sendo R$ 820 milhões em débitos tributários. Outros R$ 7 milhões correspondem a multas trabalhistas, R$ 451 mil a multas eleitorais e R$ 188 mil a débitos não tributários.
A decisão foi proferida pela 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais, que considerou inviável a continuidade do processo de reestruturação financeira da companhia.
O juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, responsável pela decisão, afirmou que a empresa não conseguiu cumprir os compromissos estabelecidos no plano de recuperação.
Diante desse cenário, a Justiça determinou a falência e nomeou a RV3 Consultores Ltda., representada por Ronaldo Vasconcelos, como administradora judicial do processo.
Na 6ª feira (24.jan), a Editora Três anunciou o fim das versões impressas de suas publicações. Em comunicado enviado aos jornaleiros, a empresa informou que as revistas passarão a operar exclusivamente no meio digital e que a última edição impressa a ser distribuída nas bancas seria a de número 2.864, referente ao dia 15 de janeiro de 2025.
Em 2022, o empresário Antonio Freixo Júnior, sócio da Entre Investimentos, empresa de consultoria em gestão empresarial e serviços financeiros, adquiriu o portal da editora por R$ 15 milhões em um leilão. Conforme o edital, a compra garantiu a propriedade digital dos veículos.