A inflação na Argentina chegou ao recorde de 138,3% no mês de setembro. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 12, pelo Indicador Nacional de Estatística e Censos (Indec). No mês passado os preços na Argentina subiram 12,7%, superando as previsões dos analistas. Esta foi a inflação mensal mais alta do país em 21 anos. Em agosto havia sido de 12,4%.

A alta de setembro reforçou a expectativa de uma inflação acumulada até o final do ano superior a 170%.

Os dados foram divulgados dez dias antes das eleições presidenciais argentinas. O descontrole dos preços e perda do poder de compra por parte da população são o tema central do pleito deste ano.

No mês passado, os itens que mais elevaram a inflação foram roupas e calçados (alta de 15,7%), lazer e cultura (15,1%) e alimentos e bebidas não alcoólicas (14,3%).

A Argentina é o segundo país com a maior taxa de inflação acumulada na América Latina. O primeiro lugar é da Venezuela, que registra uma alta dos preços de 318% ao ano.

Entre os países do G20, o país é líder absoluto em termos de inflação. O segundo colocado, a Turquia, tem taxa anual de menos da metade: 61,5%.

No Brasil, a inflação acumulada em 12 meses è de 5,2%.

Para tentar controlar a alta dos preços, o Banco Central da Argentina elevou as taxa de juros em agosto para 118% ao ano.

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