O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou, nesta sexta-feira, 19, que há “um histórico consistente e inequívoco do Brasil ao princípio de uma só China”, doutrina segundo a qual Taiwan é parte do território chinês. Vieira se encontrou com o chanceler Wang Yi, na manhã de hoje, no Itamaraty. Yi é membro do Partido Comunista da China (PCC).

A declaração de Vieira se deu há poucos dias da eleição em Taiwan, na qual venceu o candidato que apoia a autonomia da ilha.

Em resposta, Yi disse que a China tem “apreço” pelo fato de o princípio ser considerado por “todas as instituições do Brasil”. O diplomata também garantiu que os chineses mantêm o respeito e a compreensão nas relações com os brasileiros.

Acordo assinado entre Brasil e China, depois de declaração sobre Taiwan

Após o encontro, que marca mais uma edição do Diálogo Estratégico Global Brasil–China, os dois países assinaram um acordo que estende de cinco para dez anos o período máximo dos vistos entre os dois países, permitindo múltiplas entradas para brasileiros na China (e vice-versa) por motivos de negócios, turismo ou visita.

Vieira revelou que os dois ministros discutiram assuntos da política global, como as guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza, e falaram sobre as comemorações dos 50 anos de relações diplomáticas entre o Brasil e a China, ainda em 2024.

O chanceler brasileiro confirmou uma ida do vice-presidente Geraldo Alckmin a Pequim para o encontro da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação, e uma visita do secretário-geral do PCC, Xi Jinping, em novembro, para a cúpula de chefes de Estado do G20.

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