As conversas para a formação de uma Federação entre o PDT e o PSB, que devem continuar após as eleições municipais, pode resultar na saída de Ciro Gomes do PDT, partido que ele integra desde 2015 e pelo qual concorreu à presidência em quatro ocasiões. O movimento é influenciado por seu irmão, o senador Cid Gomes (PSB), que busca liderar a nova Federação no Ceará.
As discussões sobre a formação da Federação têm ocorrido no alto escalão das duas legendas. Para o PDT, a aliança com o PSB pode ser uma estratégia para superar a cláusula de barreira nas próximas eleições e recuperar sua força política. No entanto, há resistências dentro do partido, especialmente por parte de suas alas mais ideológicas e de seu presidente licenciado, Carlos Lupi (PDT), que dificilmente aceitaria um acordo no qual o PDT perdesse protagonismo.
A formação da Federação PDT-PSB impõe um dilema a Ciro Gomes. A presença de seu irmão como uma das principais forças no PSB coloca em xeque sua continuidade no partido, uma vez que a convivência entre ambos no mesmo projeto político se tornou insustentável após o rompimento.
Segundo o jornal O Globo, fontes próximas ao ex-ministro afirmam que ele estaria reavaliando seu papel político dentro do PDT. Caso a Federação se concretize, o destino de Ciro pode estar em outro partido – PSDB aparece como opção – ou até mesmo em um novo caminho na política nacional, longe do projeto liderado por Cid Gomes no Ceará.
