O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou, nesta quarta-feira, 1º, o rompimento das relações diplomáticas com Israel. A declaração foi dada durante evento na Praça Bolívar, em Bogotá. “Amanhã vamos romper relações diplomáticas com o Estado de Israel, por ter um presidente genocida”, disse Petro. O presidente colombiano é ex-guerrilheiro das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
No discurso, Petro exaltou a população da Faixa de Gaza, território palestino que está sob controle do grupo terrorista Hamas desde 2007. Disse que a decisão contra Israel é pelas crianças e pelos bebês que, segundo ele, foram assassinados pelos israelenses.
No entanto, o colombiano não mencionou o ataque terrorista feito pelo Hamas em 7 de outubro. Tampouco falou dos reféns, presos desde aquele dia.
Chanceler de Israel disse que o presidente da Colômbia “prometeu premiar os estupradores do Hamas”
Em publicação no Twitter/X, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, afirmou que o presidente colombiano havia “prometido premiar os assassinos e estupradores do Hamas”. “Hoje cumpriu sua promessa”, escreveu o chanceler, em espanhol.
Petro foi guerrilheiro das Farc. Trata-se de um grupo marxista-leninista responsável por sequestros, assassinatos e tráfico de drogas na fronteira do país.
Com boas relações com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, o colambiano também comparou a contraofensiva de Israel em Gaza com o holocausto nazista, na Segunda Guerra Mundial, quando 6 milhões de judeus foram assassinados.
“Mais de cem palestinos que pediam comida foram assassinados por Netanyahu”, acusou Petro, nas redes sociais, em 29 de fevereiro. “Isso se chama genocídio e também nos lembra o Holocausto, embora os poderes mundiais não gostem de reconhecer isso. O mundo deve bloquear Netanyahu.”