Após um ano detido por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sem acusação formal, o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques teve sua prisão preventiva revogada. O magistrado concluiu que os elementos que levaram ao cárcere não se aplicam mais ao caso, e determinou a soltura nesta quinta-feira (8).
Por outro lado, o ministro estabeleceu medidas cautelares que incluem o monitoramento por tornozeleira eletrônica, cancelamento de passaporte, proibição de sair do país e de usar redes sociais, suspensão de porte de arma de fogo, além de ter que se apresentar à Justiça periodicamente e não poder se comunicar com outros investigados.
Silvinei foi detido em 9 de agosto do ano passado, acusado de tentar interferir no segundo turno das eleições presidenciais de 2022 bloqueando rodovias no Nordeste, em favor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele cumpre prisão preventiva no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília (DF).
Sua prisão preventiva havia sido determinada sob o argumento de risco de obstrução de Justiça, periculosidade do agente devido à sua influência e “gravidade dos fatos”.
O ex-diretor da PRF nega as acusações, afirmando que as operações realizadas durante o segundo turno do pleito foram legítimas e não houve intenção de interferir no processo eleitoral. Seus advogados também vinham defendendo que a prisão preventiva foi uma medida desproporcional e que seu cliente sempre esteve à disposição da Justiça para a elucidação dos fatos.