A Assembleia-Geral da ONU votou por uma ampla margem nesta sexta-feira, 10, para conceder novos “direitos e privilégios” aos palestinos como país independente. Além disso, solicitou ao Conselho de Segurança que reconsidere favoravelmente o pedido de adesão da Palestina como o 194º membro das Nações Unidas. O Brasil votou a favor da resolução, enquanto a Argentina, Israel, Estados Unidos, República Tcheca, Hungria, Micronésia, Nauru, Palau, Papua-Nova Guiné foram contrários à medida.

O órgão mundial composto de 193 membros aprovou a resolução patrocinada pelos países árabes e pela Palestina com uma votação de 143 a favor, 9 contra e 25 abstenções.

Em 18 de abril, os Estados Unidos vetaram uma resolução do conselho para a plena adesão da Palestina às Nações Unidas.

“Desde o início, deixamos muito claro que há um processo para obter a plena adesão às Nações Unidas”, disse o embaixador-adjunto dos EUA, Robert Wood. “Esse esforço de alguns países árabes e dos palestinos é tentar contornar isso.”

Wood destacou o ponto considerado crucial pelos EUA para a aprovação da Palestina como membro pleno da ONU.

“Afirmamos que a melhor maneira de garantir a plena adesão dos palestinos à ONU é através de negociações com Israel”, disse o embaixador. “Essa continua sendo nossa posição.”

Palestina vai insistir

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, afirmou que o apoio da Assembleia-Geral das Nações Unidas à candidatura da Palestina para se tornar um membro pleno da ONU fortalece os esforços palestinos por uma nova votação sobre o assunto no Conselho de Segurança do órgão mundial.

“A Palestina continuará seu esforço para obter a plena adesão à ONU”, disse Abbas em comunicado nesta sexta-feira.

Entenda a presença da Palestina na ONU

Desde 2012, a Palestina tem o status de Estado observador na ONU, o que lhe concede alguns direitos, mas não a condição completa de membro.

A adesão plena só pode ser decidida pelo Conselho de Segurança da ONU.

A resolução pode conferir à Palestina direitos adicionais no organismo internacional, permitindo que participe plenamente de debates, proponha itens de agenda e tenha seus representantes eleitos para comitês.

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