As seis universidades federais e estaduais do Ceará começam esta semana enfrentando uma “greve geral”. Enquanto os professores das universidades Estadual do Ceará (Uece), Regional do Cariri (Urca) e Estadual Vale do Acaraú (UVA) já estavam paralisados desde pelo menos 4 de abril, buscando reajustes salariais e outros benefícios, as instituições federais – UFC, UFCA e Unilab – agora se juntam ao movimento, iniciando sua própria greve nesta segunda-feira (15).
A paralisação afeta principalmente as atividades acadêmicas dos cursos de graduação. Enquanto isso, no âmbito estadual, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) tomou medidas legais para declarar a greve dos professores como ilegal, mas os sindicatos contestaram essas decisões.
O governo estadual propôs iniciar negociações, o que está sendo considerado pelos professores em assembleias em cada universidade.
Enquanto isso, a greve nacional dos professores das instituições federais busca não só aumentos salariais, mas também igualdade de benefícios entre servidores e o restabelecimento do orçamento das universidades.
Enedina Soares, presidenta da Fetamce, ressalta que o direito à greve é fundamental para garantir que as demandas dos (as) trabalhadores (as) sejam ouvidas e atendidas.
“A mobilização dos sindicatos é essencial na defesa dos serviços públicos. Com a educação, não é diferente. Sem a capacidade de nos unirmos e lutarmos pelos nossos direitos, estaríamos à mercê de decisões arbitrárias que podem prejudicar a todos. Por isso, é crucial que continuemos a nos organizar e a lutar por condições dignas de trabalho e pelos serviços públicos de qualidade que todos merecemos”.