O Bloco da esquerda que comanda a Argentina, já tem candidato, após a desistência da reeleição do atual Presidente Alberto Fernandes, o grupo Peronista anunciou que o atual ministro da Economia, Sergio Massa, vai ser o candidato a presidente pela frente.

O anúncio demonstra alteração na estratégia dos peronistas. Um dia antes — na quinta 21 —, o grupo havia anunciado o nome de Wado de Pedro, ministro do Interior, para a disputa, programada para outubro deste ano. Nos bastidores do poder, Pedro é tido como um dos principais aliados da vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner.

Nesta sexta, contudo, o aliado de Cristina deixou a condição de representante dos peronistas nas próximas eleições. Por meio de postagem no Twitter, a União pela Pátria, nome formal da coalizão política que reúne os peronistas, afirmou que o presidenciável será Massa. Além disso, anunciou-se o atual chefe de gabinete de ministros do governo de Alberto Fernández, Agustín Rossi, como candidato a vice-presidente.

“Por responsabilidade institucional, política e social, nosso espaço decidiu formar uma lista de unidades que nos representará nas próximas eleições”, afirma, por meio de publicação na rede social, a coalização União pela Pátria.

Argentina: ministro da Economia vai ter que defender o governo Fernández

Como candidato a presidente da Argentina pelo bloco peronista, Sergio Massa terá a missão de defender o seu próprio trabalho como ministro da Economia. No geral, ele também terá de sair em defesa da gestão de Alberto Fernández, que em abril desistiu de concorrer à reeleição.

Missão que poderá ser difícil de encarar. Isso porque, em termos econômicos, a Argentina encara uma hiperinflação. Na semana passada, dados oficiais mostraram que o patamar da inflação do país chegou a 114% ao ano.

O peso argentino, por sua vez, enfrenta período de desvalorização. Na cotação atual, AR$ 1 equivale a menos de R$ 0,01. Por fim, os argentinos têm de lidar com a dívida de US$ 44 bilhões com o Fundo Monetário Internacional.

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