Mais um capitulo da disputa interna do PDT, dessa vez o Deputado Federal André Figueiredo foi vitorioso, conseguindo fazer com que a Executiva nacional da legenda decidisse tomar para si as competências da gestão estadual após reunião nesta segunda-feira (3), em Brasília, por 7 votos a 0 e com isso foi determinado que a reunião marcada por Cid Gomes no dia 07 não tem validade.

“Houve uma convocação ilegal de uma reunião do diretório pra destituir a atual Executiva (estadual). Não existe previsão estatutária, em nenhum local, que justificasse essa convocação, e consequentemente a Direção Nacional avocou para si a gestão do PDT no Ceará, neste momento, onde existem esses imbróglios esperando ser superados”, disse Figueiredo ao sair da reunião, na sede nacional do PDT, em Brasília.

Além de André Figueiredo, que tem acumulado a presidência nacional interinamente neste ano, participaram Cid Gomes, o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Evandro Leitão, e os deputados Enfermeira Ana Paula, Romeu Aldigueri, Osmar Baquit, Jeová Mota, Lia Gomes (irmã de Cid), Guilherme Bismark, e os parlamentares licenciados Robério Monteiro, Salmito Filho e Oriel Nunes. O ex-ministro Ciro Gomes participou da discussão de forma virtual.

“Cid trouxe um grande número de deputados estaduais e três deputados federais que estão como suplentes ou efetivos. Eu não mobilizei ninguém, não esperava que houvesse essa mobilização, até porque, se a gente quisesse trazer os parlamentares municipais, o prefeito de Fortaleza, que representa 1/3 dos cearenses, certamente eles viriam, mas é um caso intrapartidário, um caso onde teríamos que ouvir a instância superior ao diretório estadual e assim foi feito”, disse Figueiredo, sobre a reunião.

A reunião teve um clima tenso. Cid ouviu calado um discurso virulento do irmão, Ciro Gomes (PDT), que participou da reunião de forma virtual, onde o ex-presidenciável voltou a repetir que foi traído pelo senador, classificando a atitude como uma “facada nas costas”.

Senador Cid Gomes contesta decisão 

Vice-presidente do PDT Ceará, Cid concedeu coletiva de imprensa horas após a reunião e rebateu a intervenção nacional no Ceará. O senador reforçou que a convocação extraordinária está mantida no dia 7 de julho.

“Se o Diretório Nacional quiser tomar qualquer outra medida, muito bem, cabe ao Diretório Nacional, à Executiva Nacional. Mas o nosso entendimento é de que o artigo 67 do estatuto não permite à Executiva Nacional intervir, como está noticiado, no Diretório Estadual. Não é difícil o entendimento. Uma coisa é o processo ético-disciplinar, e a nacional ou a estadual poder avocar (tomar para si as determinações) se numa instância inferior está tendo dissídia”, disse.

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