A Advocacia Geral da União (AGU) pedirá informações ao Banco Central nesta quinta-feira (26) sobre a cotação do dólar depois que o site de buscas Google exibiu durante todo o dia o valor errado da moeda em relação ao dólar nesta quarta (25), feriado de Natal. O órgão informou, por meio de nota, que quer reunir subsídios para eventual atuação relacionada à possível informação incorreta. Procurado, o Google no Brasil respondeu, por meio de sua assessoria de imprensa, que os dados em tempo real exibidos na busca vêm de provedores globais terceirizados de dados financeiros.
– Trabalhamos com nossos parceiros para garantir a precisão e investigar e solucionar quaisquer preocupações – adiantou a plataforma.
De acordo com o jornal o Estadão, a intenção é a de acionar juridicamente a plataforma multinacional que também atua no Brasil.
O buscador revela que a cotação desta quarta (25) é de R$ 6,36, mas os mercados estão fechados por causa do feriado e, portanto, não há negociações. Nesta terça (24), véspera de Natal, também não houve transações.
A moeda americana com vencimento em janeiro de 2025, o contrato mais líquido, encerrou valendo R$ 6,2050. O dólar à vista – informação que é ofertada na plataforma – fechou ainda mais baixo, em R$ 6,1851.
O maior valor nominal do dólar em relação ao real foi atingido na quarta-feira da semana passada (18), quando a moeda foi negociada a R$ 6,267, quase R$ 0,10 abaixo da exibida hoje pelo Google. Esta não é a primeira vez que o buscador informa uma cotação errada, mas o caso agora chama mais a atenção porque nesta quarta-feira os mercados estão fechados.
Ao abrir o local indicado, é possível identificar que as informações sobre cotações são provenientes da Morningstar, empresa que se declara “líder no fornecimento de pesquisa independente de investimentos”.
– Nossa missão é criar os melhores produtos para ajudar os investidores a alcançarem os seus objetivos financeiros – informa o site da companhia, que diz ter sede em Chicago e estar presente em 27 países
O BC entregará os dados solicitados pela AGU a partir desta quinta. O presidente interino do Banco Central, Gabriel Galípolo, colocou toda a equipe de alerta, enfatizando a determinação, inclusive, aos funcionários que estão de plantão neste Natal. O atual diretor de Política Monetária comanda o BC no momento porque o presidente Roberto Campos Neto está em recesso até o fim do ano, quando expira seu mandato. Galípolo assume o posto a partir de 1º de janeiro.