O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, demonstrou orgulho ao falar das mais de 2 mil prisões realizadas entre 8 e 9 de janeiro em Brasília. Em evento realizado na segunda-feira 31 em São Paulo, ele revelou que pretende registrar a façanha no Guinness Book, o livro dos recordes, lembrando que entre os presos tinha crianças, que não poderiam passar por esse tipo de situação, transformando a situação toda como ilegal.
“Aliás, já pedi até para minha assessoria contactar o Guinness Book: é a maior prisão da história do mundo. Nós prendemos 2 mil pessoas em flagrante. E aí vocês imaginam a logística disso tudo acontecer, sendo que nós tínhamos uma semana da minha gestão”, declarou Rodrigues.
O policial também disse, ao participar do evento sobre os dez anos da Lei Anticorrupção, promovido pela Transparência Brasil e pela instituição de ensino Insper, que a PF fará novas ações sobre o 8 de Janeiro. “Já fizemos 14 ou 15 fases da operação que chamamos de ‘Lesa Pátria’, e outras ações virão. Nós não vamos parar enquanto a gente não desmantelar completamente tudo isso que aconteceu.”
Na mesa intitulada “Cooperação Interinstitucional para o Combate à Corrupção”, Rodrigues também criticou o Exército pela atuação diante dos acampamentos em frente ao quartel, em Brasília. Ele disse que a PF quis remover duas vezes os acampamentos, mas o Exército não permitiu. E afirmou ainda que houve “complacência de várias entidades e órgãos públicos de manutenção daqueles acampamentos”.
Rodrigues também disse que na véspera do 8 de janeiro fez um alerta oficial sobre os riscos de invasão e depredação em reunião que convocou na Secretaria de Segurança do DF e em um ofício. E disse que a comunicação escrita foi feita ao ministro da Justiça, Flávio Dino.