Um tribunal no estado da Virgínia, nos Estados Unidos, decidiu que a “jornalista” brasileira Patrícia Lélis terá que enfrentar um processo por acusações de fraudes no valor de cerca de 700 mil dólares (aproximadamente R$ 3,4 milhões). A decisão, equivalente à aceitação da denúncia no ordenamento jurídico brasileiro, foi anunciada em 4 de janeiro e divulgada na sexta-feira (12).

Patrícia Lélis, conhecida por suas polêmicas acusações envolvendo o deputado Marcos Feliciano e o deputado Eduardo Bolsonaro, é acusada nos EUA de ter participado de um esquema que visava enganar pessoas interessadas em obter visto de residência no país.

Segundo a acusação, Lélis fingia ser uma advogada especializada em imigração, prometendo a seus clientes a obtenção de vistos de permanência, especialmente do tipo E-2 e EB-5, que garantem residência e, em alguns casos, cidadania para estrangeiros que investem em imóveis ou negócios nos EUA.

Conforme a apuração do UOL, o tribunal alega que, durante o período de setembro de 2021 a julho de 2023, Lélis mentiu sobre suas qualificações profissionais, suas interações com o governo e deturpou transações financeiras, utilizando o dinheiro para fins pessoais. A jornalista é acusada de convencer vítimas a fazerem pagamentos significativos, alegando que seriam investidos em empresas imobiliárias no Texas, registradas no programa do visto EB-5.

Contudo, os valores foram direcionados para a conta bancária pessoal de Lélis, utilizados na compra de uma casa, reforma de um banheiro e pagamento de despesas pessoais, incluindo dívidas de cartão de crédito. A acusação inclui três crimes: fraude financeira, transferência financeira ilegítima e roubo de identidade, totalizando 19 acusações. Se condenada às penas máximas, Patrícia Lélis pode enfrentar até 32 anos de prisão.

JORNALISTA DIZ QUE SAIU DOS EUA

Pelo X, antigo Twitter, a jornalista brasileira diz que é verdade, que o FBI está atrás dela e que ela já não está mais nos Estados Unidos. Na mensagem, ela ofende a nação liderada por Joe Biden e diz que o único crime que cometeu foi “não aceitar ser bode expiatório contra seus irmãos”.

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