Mais um caso de impunidade no estado do Ceará, a justiça do estado decidiu soltar a contragosto do ministério público, oito acusados de integrar facções criminosas e de expulsar moradores de residências em Fortaleza foram absolvidos pela justiça do Ceará, ele foram reunidos em uma investigação da Delegacia de Combate às Ações Criminosas Organizadas (Draco), Polícia Civil do Ceará (PCCE), que investigava uma disputa entre duas facções criminosas (uma de origem cearense e a outra, carioca), que resultou em expulsões de moradores de duas comunidades próximas, em Fortaleza: a Babilônia, no bairro Barroso, e o Gereba, no Jangurussu.
Francisco César Rodrigues dos Santos, Francisco Leudo Augusto da Silveira, Francisco Michael Lima Soares, Marcos de Souza Alves, Mateus da Silva Maciel, Rafael Oliveira do Vale e Robson Linhares Dias foram denunciados pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) pelos crimes de integrar organização criminosa, tráfico de drogas e associação para o tráfico. Já Alexandre Felix Clementino foi acusado pelos mesmos crimes, além de posse irregular de arma de fogo de uso permitido.
“Segundo relatado nos autos, a Draco vinha recebendo várias denúncias sobre a existência de conflito entre as facções, tendo tomado conhecimento de que as ditas organizações criminosas estariam invadindo residências para expulsar os moradores, a fim de que fossem utilizadas para o armazenamento de drogas ilícitas”, narra a sentença.
A investigação chegou aos acusados a partir de interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça, que também demonstraram outros crimes cometidos pelos dois grupos criminosos. A Vara de Delitos de Organizações Criminosas concluiu que a materialidade do crime foi demonstrada (isto é, as conversas provaram o cometimento de crimes), mas não existiam provas suficientes para condenar os homens denunciados.
Apontado como um dos fundadores e principais chefes da facção cearense envolvida nessa disputa, Auricélio Sousa Freitas, o ‘Celim da Babilônia’, também foi acusado pelo Ministério Público neste processo, por integrar organização criminosa.