Mais um caso de impunidade protagonizado pela justiça Cearense, dessa vez soltaram uma mulher conhecida como ‘Diamante’ ou ‘Colombiana’, ela é acusada de integrar uma facção criminosa cearense e de comprar explosivos para ataques criminosos no Ceará, em 2019, foi solta pela Justiça Estadual, após passar somente nove meses presa.

A Vara de Delitos de Organizações Criminosas considerou que Nayana Martins da Silva é mãe de uma criança de 2 anos, para converter a custódia cautelar em prisão domiciliar, com aplicação de tornozeleira eletrônica, em decisão proferida no último dia 22 de junho.

Nayana Martins passou nove meses presa em Luziânia, no Estado de Goiás, até ser solta pela Justiça do Ceará. No último dia 3 de agosto, a Vara de Delitos de Organizações Criminosas do Ceará determinou o envio de ofício à Corregedoria Geral de Justiça de Goiás com a comunicação que a acusada já havia sido solta, após ser indagada sobre o recambiamento da suposta presa para um presídio cearense. O despacho foi publicado no Diário da Justiça Eletrônico (DJE), do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), na edição da última terça-feira (8).

‘Diamante’ foi presa pela Força-Tarefa SUSP (Sistema Único de Segurança Pública) do Ceará, em uma operação integrada com a Coordenadoria de Inteligência (Coin), da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS-CE), e a Polícia Militar de Goiás (PMGO), no Município de Novo Gama, em Goiás, no dia 21 de setembro do ano passado.

Nayana Martins da Silva é ré na Justiça do Ceará pelo crime de integrar organização criminosa, em decorrência das investigações da Operação Reino de Aragão, deflagrada em dezembro de 2019, quando foi expedido mandado de prisão contra ela. Desde então, a mulher estava foragida.

Conforme a acusação do Ministério Público do Ceará (MPCE), Nayana da Silva “foi responsável pela aquisição de explosivos que culminaram nos ataques contra torres de energia elétrica, no dia 01/04/2019”. Os alvos foram equipamentos da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), localizadas em Fortaleza e Maracanaú.

Naquele ano, o Ceará sofreu com centenas de ataques criminosos contra bens públicos e privados, na Capital, na Região Metropolitana de Fortaleza e no Interior, ordenados pelas facções, nos meses de janeiro, abril e setembro. Investigações policiais descobriram que a série de ataques foi motivada por mudanças no Sistema Penitenciário Estadual. Os criminosos também planejavam atentados contra autoridades e até contra a Arena Castelão.

 

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