A taxa anual da inflação na Argentina fechou junho em 115%, de acordo com dados divulgados na quinta-feira 13 pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec). A taxa mensal em junho foi de 6%, o que indica uma desaceleração da inflação, ante as taxas de 8,4% e 7,6% em abril e maio, respectivamente. A título de comparação, a inflação acumulada em 12 meses no Brasil é de 3,16% ante os 115% na Argentina.

Os setores com maiores aumentos de preços em junho foram comunicações (10,5%), saúde (8,6%), gastos com habitação, incluindo insumos como gás e eletricidade (8,1%). As menores altas foram em alimentação e bebida (4,1%), roupas e calçados (4,2%) e bebidas alcoólicas e cigarro (4,5%)

No primeiro semestre do ano, a inflação acumulou alta de 50,7% na Argentina. Em todo o ano de 2022, os preços subiram quase 95%.

As mais recentes previsões de analistas de mercado coletadas mensalmente pelo Banco Central da Argentina (BCRA) revelam que a inflação será de 142,4% neste ano e de 105% em 2024.

Com a inflação disparada, a taxa de juros na Argentina está em 97%, índice mantido na última reunião, de junho. Antes disso, o BCRA vinha aumentando a taxa de juros há meses. Em março, passou de 75% para 78%; em abril, para 81%; em maio, chegou a 97%, depois de ajustes sucessivos.

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