De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o desmatamento na região amazônica cresceu 51,1% em setembro na comparação com agosto. A plataforma TerraBrasilis, do instituto, registrou 26,3 mil focos de destruição. O levantamento considera desmatamento e queimada. Setembro foi o mês de maior devastação da Amazônia em 2023 e a sétima pior marca de toda a série histórica do Inpe, iniciada há quatro anos.

O Pará continua sendo o Estado que mais desmatou, respondendo por 35,5% da devastação na região. O segundo Estado com maior desmatamento foi o Amazonas, com 18,4% do total. O Mato Grosso ficou em terceiro, com 18,2%.

Setembro também registrou outro lamentável recorde. O mês foi o de maior desmatamento de vegetação primária, com 10,4 mil focos. A vegetação primária é aquela mata intocada, onde as pessoas ainda não provocaram mudanças em suas características originais.

A plataforma TerraBrasilis começou a registrar a destruição em agosto de 2019. Desde então, a região amazônica apresentou 422,6 mil focos de desmatamento. Segundo o Inpe, de janeiro a setembro, a área de desmatamento na região amazônica acumulou um total de 590,3 km².

Cerrado mais devastado

Outro bioma que apresentou um crescimento de desmatamento é o Cerrado.

O perímetro tomado pelo desmatamento aumentou de 273,4 km² em setembro de 2022 para 516,7 km² em setembro deste ano, o que representa uma alta de 89%.

Ambientalistas têm feito pedidos para que que as autoridades olhem para o Cerrado.

O bioma, que pode ser classificado como uma savana, também é conhecido como berço das águas”, pelas reservas de água que abriga.

O Estado com maior área de desmatamento foi o Maranhão, com 115,6 km². Em seguida, apareceram Bahia (90,5 km²), Tocantins (83,6 km²) e o Piauí (47,8 km²).

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