Cerca de mil indígenas que participavam da marcha do Acampamento Terra Livre, nesta quinta-feira (10), em Brasília, tentaram invadir o Congresso Nacional, eles derrubaram grades e invadiram o gramado do Congresso Nacional. A Polícia Legislativa da Câmara e do Senado utilizou bombas de efeito moral e agentes químicos para conter o avanço e impedir a entrada no Palácio do Congresso. Um acordo prévio previa que os cerca de cinco mil manifestantes permanecessem na Avenida José Sarney, sem acesso ao gramado.

A ação mais violenta foi contida rapidamente. A Polícia Militar, que já estava preparada, também utilizou helicópteros em voos rasantes para dispersar os manifestantes. A situação foi controlada e o policiamento das duas Casas Legislativas foi reforçado. A manifestação principal do Acampamento Terra Livre, que reúne mais de 100 etnias.

Por causa das bombas de fumaça e de gás, muitos indígenas precisaram de atendimento médico após o confronto com os policiais legislativos. Bombeiros do Distrito Federal atuaram no socorro.

Em nota, a Secretaria de Polícia do Senado Federal esclareceu que teve que conter os manifestantes, devido o “avanço inesperado” em direção à sede do Poder Legislativo, e por isso, foi “necessário conter os manifestantes, sem grandes intercorrências”. “Ressaltamos que a dissuasão foi realizada exclusivamente por meios não letais e a ordem foi restabelecida”, diz a nota.

Já a Presidência do Congresso Nacional reforçou o “seu respeito aos povos originários e a toda e qualquer forma de manifestação pacífica”. Porém, destacou que “é indispensável que seja respeitada a sede do Congresso Nacional e assegurada a segurança dos servidores, visitantes e parlamentares”.

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