As autoridades não acreditam que há sobreviventes na colisão entre um avião comercial com 64 pessoas a bordo e um helicóptero militar com três tripulantes nas imediações de Washington na noite de quarta-feira, o pior desastre aéreo nos Estados Unidos em mais de uma década. “Neste momento, não acreditamos que haja sobreviventes”, disse o comandante dos bombeiros de Washington, John Donnelly, em uma entrevista coletiva no Aeroporto Nacional Ronald Reagan nesta quinta-feira (30). “Agora, estamos em um ponto em que estamos mudando de uma operação de resgate para uma operação de recuperação de corpos”, acrescentou.

As aeronaves caíram nas águas gélidas do rio Potomac após a colisão. Segundo o corpo de bombeiros, 27 corpos foram recuperados do avião e um do helicóptero.

Com um possível total de 67 mortos, o acidente é o pior desastre aéreo dos Estados Unidos desde que um avião da Colgan Air caiu em 2009 no estado de Nova York (sudeste), deixando 49 mortos.

A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês), informou que a aeronave era um Bombardier operado por uma subsidiária da American Airlines. De acordo com a companhia aérea, o avião estava viajando de Wichita, no estado do Kansas, para o Aeroporto Ronald Reagan, na capital americana.

O helicóptero realizava um “voo de treinamento”, disse um porta-voz militar.

O secretário de Defesa, Pete Hegseth, disse que o helicóptero Black Hawk, com três militares a bordo, tinha “uma tripulação bastante experiente que estava fazendo uma avaliação noturna anual obrigatória”.

“Estavam usando óculos de visão noturna”, acrescentou.

Em um áudio do serviço de tráfego aéreo, os controladores questionam reiteradamente ao helicóptero se tinha a visão do avião de passageiros e, pouco antes do acidente, pediu que passasse “por trás” do avião.

“Acabo de ver uma bola de fogo e desapareceu”, disse um controlador a outro pouco depois do corte da comunicação com o helicóptero.

Na quarta-feira, a temperatura do rio era de cerca de 2 graus Celsius, o que segundo especialistas representa poucas chances de sobrevivência.

O casal de patinadores artísticos russos Evgenia Shishkova e Vadim Naumov, campeões mundiais em 1994, estava a bordo do avião, ao lado de outras personalidades do mundo da patinação americana.

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