Sindicatos que representam profissionais da saúde se reuniram na última segunda-feira, 9, com integrantes da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza (SMS) com reclamações de atrasos nos salários de diversas unidades. Fortaleza é indicada como uma das 13 cidades cearenses que devem salários aos médicos, conforme levantamento do Sindicato dos Médicos do Ceará. Houve a notificação que estaria havendo a retirada de circulação de ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) devido a falta de profissionais para atuar nas unidades.

Houve uma mobilização das categorias em frente a SMS, cobrando resposta sobre os atrasos. Na presença das entidades sindicais, conforme relato dos que compareceram ao encontro, a SMS alegou que os atrasos se devem ao não recebimento de repasses oriundos do Ministério da Saúde.

“Levamos a questão dos atrasos em todas as reuniões que ocorrem mensalmente na SMS, e sempre a justificativa era de que se tratava de problemas técnicos, somente agora alegou se tratar de ausência de repasse do Ministério da Saúde”, ressaltou Edmar Fernandes, vice-presidente do Sindicato dos Médicos.

No caso dos médicos, o sindicato aponta a existência de dívidas nas seguintes unidades: Samu Fortaleza, Policlínicas, Hospital da Mulher, Hospital Nossa Senhora da Conceição, Hospital Infantil e Instituto José Frota.

A ausência de profissionais para compor as equipes teria como motivo a demora nos pagamentos referentes aos meses de setembro, outubro e novembro, conforme informou o sindicato. A entidade ressaltou que o cenário gera “apreensão quanto à possibilidade de os pagamentos serem realizados apenas no início do próximo ano ou até mesmo mediante ações judiciais por parte da cooperativa”. Caso chegasse a isso, é tido que agravaria ainda mais o “desgaste físico, financeiro e psicológico enfrentado pelos profissionais”.

O sindicato apontou que oficiou a SMS e a Cooperativa de Atendimento Pré e Hospitalar (COAPH) solicitando medidas previstas para garantir a recomposição das equipes e providências imediatas para mitigar os impactos sobre a assistência hospitalar municipal.

Fonte: O Povo

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