A Polícia Civil do Estado de São Paulo decidiu não indiciar o filho caçula do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Luís Cláudio, pela acusação de violência doméstica movida pela médica Natália Schincariol, ex-namorada dele.

A investigação foi concluída na última segunda-feira (15/7) sem indiciamento porque a polícia não constatou lesão corporal nem violência psicológica contra Natália.

Em abril, Natália registrou um boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher de São Paulo contra Luís Claudio. Ela disse que foi agredida com uma cotovelada durante uma briga ocorrida em janeiro. A médica também afirmou ter sofrido agressão verbal, moral e psicológica.

Segunda o registro, ela disse que precisou se afastar do trabalho por um mês devido ao trauma causado pelas agressões, além de ter sido hospitalizada com crises de ansiedade.

Natália relatou ainda ter sido alvo de ofensas constantes, sendo chamada de “vagabunda, gorda, feia e doente mental”. Luís Claudio negou as acusações e apontou que a ex-mulher estava cometendo “calúnia, injúria e difamação”.

Segundo ela, os dois viviam em união estável há dois anos. Luis Claudio teria ameaçado a ex-mulher após intimidação. “Meu pai vai me proteger e vai sair perdendo, eu vou acabar com sua alma”, teria dito o filho de Lula à ex, segundo o boletim de ocorrência. “Vou falar para todos que você é uma insana, ninguém irá acreditar em você”.

A pedido de Natália, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) expediu uma medida protetiva que proibia o caçula de Lula de se aproximar da ex-namorada. Segundo o despacho, o relato da médica era “coerente e verossímil”.

As defesas tanto de Luís Cláudio quanto de Natália não se manifestaram até o momento. O espaço segue aberto.

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