A Polícia Federal (PF) não enviou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), informações solicitadas pelo juiz do STF, no prazo de 48 horas, sobre o caso de Filipe Martins. O ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência está preso desde 8 de fevereiro.
Na sexta-feira 12, a PF recebeu o ofício de Moraes. No entanto, em virtude do fim de semana, o prazo expiraria na terça-feira 16, o que aconteceu de fato.
Moraes mandou a PF informar se houve extração de dados do celular de Martins entre 30 de dezembro de 2022 e 9 de janeiro de 2023. Isso porque, há alguns dias, a Tim enviou dados de geolocalização de Martins.
De acordo com o documento da operadora, o aparelho telefônico do ex-assessor esteve ligado no Brasil em 31 de dezembro de 2022, portanto, um dia depois da suposta viagem que Martins teria feito com o então presidente Jair Bolsonaro a Orlando, na Flórida. Outras evidências de que o ex-assessor estava no Brasil no fim de 2022
Há um mês, a defesa de Martins reuniu comprovantes da Uber que reforçam a tese de que o ex-assessor não viajou para os EUA em 30 de dezembro de 2022.
Conforme os documentos juntados pelos advogados, Martins esteve em uma hamburgueria no centro de Brasília, em 30 de dezembro. No dia seguinte, ele se dirigiu ao aeroporto da capital federal para viajar para Curitiba.
Ao chegar à cidade, ele também usou o serviço por aplicativo, de acordo com os comprovantes. Na ocasião da presença de Martins em Curitiba, Bolsonaro já havia embarcado para o estrangeiro. As informações são da Revista Oeste.