O governo de Israel declarou que quase 17% dos trabalhadores da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA), na Faixa de Gaza, fazem parte de grupos terroristas. Segundo Tel-Aviv, pelo menos 15 integrantes estiveram envolvidos na invasão do Hamas a Israel no dia 7 de outubro de 2023.
“A UNRWA não pode desempenhar nenhum papel em Gaza”, afirmou o porta-voz da embaixada israelense em Madri, Tal Itzhakov. “Quebrou toda a sua neutralidade, e é preciso encontrar um substituto.”
As informações foram anunciadas por Itzhakov, em uma videoconferência com repórteres. Na conversa, o político apresentou um relatório da Inteligência israelense em Gaza sobre “infraestrutura terrorista”.
O porta-voz afirmou que há cerca de 2 mil membros do Hamas e da Jihad Islâmica na agência da ONU em Gaza. Desse número, 485 foram apontados como integrantes da ala militar de organizações terroristas.
Itzhakov informou na reunião virtual que 18 diretores de escolas dessa agência são militares de células terroristas em Gaza. A declaração se baseia no novo relatório sobre dados dos trabalhadores da UNRWA.
O oficial apresentou gráficos e fotos de estruturas terroristas dentro do complexo da agência. Aos jornalistas foram exibidos pontos de lançamento de foguetes, túneis, poços e armazéns. Itzhakov afirmou que todos esses dados esclarecem “quanto a infraestrutura terrorista está incorporada nas organizações da UNRWA.”
Com base nesses novos relatórios, Israel pede aos países que parem de financiar a UNRWA. Alemanha, Estados Unidos, França e Japão são Estados que enviam recursos para a agência.
“Queremos expandir e garantir a ajuda humanitária em Gaza”, disse o porta-voz. “Mas não através da UNRWA.”