A Organização das Nações Unidas (ONU) e os governos do Chile e do Uruguai se manifestaram contra as prisões de opositores na Venezuela, ordenadas pelo ditador Nicolás Maduro. Os comunicados ocorreram nesta quinta-feira, 21, o governo do Brasil administrado por Lula se mantém em silencio sobre as prisões na Venezuela.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, lamentou “qualquer acontecimento que possa prejudicar as garantias eleitorais”. De acordo com a postagem, Guterres mencionou a garantia do direito ao voto por meio de “eleições periódicas genuínas”. A ONU também fez um apelo para que os acordos liderados pela Venezuela, como o Acordo de Barbados, sejam “implementados de boa fé”.

Governo do Chile lamenta autoritarismo na Venezuela

De acordo com a publicação desta quinta-feira, o governo chileno, de Gabriel Boric, também criticou as ações de Maduro. A chancelaria do Chile afirmou que condena “firmemente” a prisão “arbitrária” de representantes de partidos políticos da oposição da Venezuela.

Na nota, o governo chileno afirma que esta é uma ação contrária ao “espírito democrático” que deve “prevalecer” nas eleições.

“As medidas afetam seriamente a realização de eleições presidenciais democráticas, transparentes e livres”, argumenta o governo chileno.

Por fim, o governo chileno disse que apoia os “organismos multilaterais de direitos humanos” para que a Venezuela pare com o “assédio” contra opositores políticos.

Governo do Uruguai

Por sua vez, o Ministério de Relações Exteriores do Uruguai, do presidente Luis Alberto Lacalle Pou, também se posicionou contra os atos de Maduro, na quarta-feira 20. Na publicação, o governo afirmou que as ações do ditador da Venezuela contra seus opositores geram um “estrago progressivo” na política venezuelana.

O Uruguai afirmou que as prisões “distanciam” o acordo com o governo venezuelano. “O Uruguai condena estas ações arbitrárias, se preocupa e se solidariza com o que aconteceu”, afirmou, em nota. “O governo da Venezuela usa as estruturas do Estado para destruir os direitos humanos dos opositores ao regime.”

Durante discurso na ONU, na última terça-feira, 19, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil evitou tecer críticas a Nicolás Maduro.

Na reunião, o ditador venezuelano foi acusado pela chancelaria da ONU de repressão, intimidação de opositores e prisões arbitrárias — isto é, prender uma pessoa sem nenhum tipo de irregularidade praticada.

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