O líder do grupo terrorista Hamas, Ismail Haniyeh, já foi professor da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA), entidade que teve funcionários acusados de auxiliar no atentado de 7 de outubro do ano passado em Israel. A informação foi dada por Ahmad Oueidat, um ex-oficial da UNRWA, em entrevista à Al-Hiwar TV.

Em janeiro, a agência, que faz parte da Organização das Nações Unidas (ONU), demitiu diversos funcionários em meio a acusações de que eles estariam envolvidos com os atentados em Israel. Além disso, vários países anunciaram na época que cortariam aportes para a entidade em razão das suspeitas.

Já no mês passado, um órgão ligado ao Ministério de Defesa de Israel divulgou imagens e informações de oito funcionários da UNRWA envolvidos nos ataques de outubro e a atuação deles nos atentados. Nessa lista, boa parte das pessoas atuava justamente na área de educação dentro da agência da ONU.

Também em fevereiro, Israel apresentou a jornalistas um túnel do Hamas que passaria por baixo das instalações da UNRWA em Gaza. Segundo os israelenses, dos 12 mil funcionários da agência na região, 440 seriam terroristas ativos do Hamas, enquanto outros 2 mil seriam colaboradores registrados do Hamas.

Aliado a isso, investigações recentes apontaram para o uso de material didático nas escolas da agência com incitações ao terrorismo e ao antissemitismo. Em um exercício de matemática, por exemplo, um dos problemas dizia: “Você tem dez judeus, matou dois, quantos judeus restaram para matar?”.

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