Os casos de feminicídio registrados no Brasil bateram recorde no primeiro ano do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao todo, foram 1.463 casos notificados nos 26 Estados e no Distrito Federal (DF). Os números foram divulgados na quinta-feira 7 pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

De acordo com o levantamento, isso representa a morte de uma mulher a cada seis horas. A contagem é feita desde que o crime passou a ser tipificado por lei no país, em 2015.

“A legislação vigente qualifica o feminicídio como um crime que decorre de violência doméstica e familiar em razão da condição do sexo feminino, em razão de menosprezo à condição feminina, e em razão de discriminação à condição feminina”, cita o Fórum, na análise da pesquisa.

Ministra da mulher preferiu não citar o recorde de casos de feminicídio no país

Mesmo com o recorde de casos de feminicídio no Brasil em 2023, o governo preferiu não citar o aumento do crime.

A ministra Cida Gonçalves, do Ministério das Mulheres, se limitou a dizer em pronunciamento nacional que “há uma preocupação por parte do governo com a prevenção à violência contra as mulheres”.

Além disso, ela afirmou que, pela primeira vez, o Brasil tem um ministério exclusivo para as mulheres e que a pasta conseguiu aprovação pelo Congresso da Lei de Igualdade Salarial entre homens e mulheres.

“Uma das maiores preocupações do presidente Lula é a violência contra as mulheres”, afirmou a ministra, no pronunciamento. “Por isso, o governo federal lançou o Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios e vai inaugurar este ano novas Casas da Mulher Brasileira, que oferecem acolhimento e diversos serviços especializados para as mulheres em situação de violência.”

Cida Gonçalves ainda disse que há uma determinação de Lula para que todos os ministérios contribuam e criem oportunidades para que “toda mulher brasileira conquiste cada vez mais respeito, dignidade, igualdade e autonomia”.

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