Estudos feitos pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) revelam que a epidemia de dengue no Brasil pode ter um impacto de R$ 20 bilhões na economia do país. Seis de cada dez pessoas infectadas são trabalhadores, segundo os levantamentos divulgados nesta semana.
Os números de casos no Brasil ultrapassam a marca de 1 milhão de infectados. Estudos revelan que a empregabilidade deve ter uma queda de 129 mil trabalhadores. Essa marca representa, de acordo com a Fiemg, cerca de R$ 2,1 bilhões em massa salarial.
No âmbito socioeconômico, o custo com tratamento da dengue pode atingir R$ 5,2 bilhões. Esse valor corresponde ao benefício de 716 mil famílias no programa “Bolsa Família”.
O estudo da Fiemg considera três arboviroses, que são doenças transmitidas por insetos ou aracnídeos. São elas: dengue, zikavírus e chikungunya.
Segundo o economista-chefe da Fiemg, João Gabriel Pio, o estudo evidencia os impactos econômicos e sociais das arboviroses na sociedade. “O absenteísmo, decorrente do afastamento do trabalho, acarreta prejuízos significativos para a atividade econômica.”
Economista da federação que representa as indústrias mineiras, Juliana Gagliardi alerta para a importância de políticas públicas no combate à dengue. “É urgente a necessidade de políticas públicas eficazes no combate às arboviroses”, diz. “Não apenas para proteger as pessoas, mas também para reduzir os impactos econômicos atrelados a essas doenças.”